Surfista veterano se emociona com exemplo de jovem surfista cego

OBS: Existem pessoas cujo exemplo nos dá esperança e vontade de viver. O surfe, que é um esporte difícil para muita gente que enxerga, como eu (eu mesmo ia ser um baita fracasso), é onde o brasileiro cego Derek Rabelo teve a oportunidade de mostrar que tem condições de enfrentar o que aparecer pela frente, mesmo sem ter a visão para perceber isto. E justamente com um esporte que já é complicado para quem enxerga bem.

Impossível não se emocionar e não se orgulhar de Rabelo, um corajoso e persistente rapaz que prova a todos nós que quando se tem vocação e prazer, não existe limitações para se conquistar qualquer sonho. Ah, digo isso para mim também, pois eu mesmo não sigo esta dica. Vou dar bronca em mim mesmo: Marcelo, mexa-se e siga o exemplo de Derek Rabelo! Se ele pode seguir o sonho dele, porque não segue o seu!

Sem conseguir surfar de olho fechado, Slater se emociona com surfista cego
CBN - Publicado no blogue Turismo Adaptado

Aos 41 anos e com 11 títulos mundiais no currículo, Kelly Slater dificilmente ainda se surpreende no surfe. E foi um rapaz brasileiro, cego desde o nascimento, que proporcionou a ele uma das experiências mais impressionantes de sua vida. O americano é um dos surfistas que participam do documentário “Além da Visão”, que conta a história de Derek Rabelo, de 20 anos. O filme teve os trailers exibidos nesta semana, durante o Rio Pro, terceira etapa do Circuito Mundial, que segue suspensa pela falta de ondas.

Slater surfou com Derek Rabelo em setembro do ano passado. Botou uma venda nos olhos e…

- Não consegui pegar nenhuma onda… – conta o americano, sobre o dia de gravações em Trestles, na Califórnia, onda que ele conhece como poucos.

Slater não pôde comparecer aos eventos para divulgar o filme de Derek no Rio. Mas alguns  surfistas da elite mundial estiveram por lá. Entre eles, os irmãos gêmeos Damien e CJ Hobgood – CJ foi campeão mundial em 2001. Mick Fanning, Laird Hamilton, Mike Stewart, entre outros, também viraram fãs de Derek nos últimos meses. Inclusive, Derek Ho, havaiano campeão do mundo em 1994. Foi ele quem inspirou o nome do brasileiro.

Derek nasceu sem a visão – glaucoma congênito. Os pais, apaixonados por surfe, o batizaram em homenagem ao campeão mundial. E, aos 17 anos, o menino decidiu aprender a surfar. Hoje, faz parte da equipe de uma empresa de surfwear.

A caminhada de Derek entre os melhores do mundo começou de fato em 2011, quando, levado pelo amigo bodyboarder Magno Passos, surfou Pipeline, a onda mais tradicional e uma das mais temidas do Circuito Mundial.

Foi então que Bruno Lemos e  Luiz Werneck decidiram criar o documentário. Bryan Jennings é o produtor do filme, que deve ser lançado no fim deste ano.

- É inspirador. Tenho muito respeito pelo que ele faz. Ele nunca viu. Só sente a onda. Surfe é uma atividade muito visual. É impressionante o que ele consegue – disse Slater.

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