Jovem ator de Two and a Half Man dá uma aula do que significa "fé cega"

O ator Angus T Jones, que desde criança interpreta Jake, o filho de um dos protagonistas do seriado humorístico Two and a Half Man, criou uma polêmica danada nesta semana.

O jovem ator resolveu seguir a uma religião - provavelmente protestante - não mencionada e postou uma mensagem claramente fanática, com aquele papo sem pé nem cabeça tão comum aos fanáticos religiosos. Uma palhinha da "mensagem" de Jones:

"Se eu não estou fazendo o trabalho de Jesus, Deus pode me levar agora, já posso morrer. Não quero contribuir para o plano dos inimigos. Eu até poderia pensar, 'posso ser um cristão e trabalhar na série', mas, não. Não posso. Você não pode ser um bom cristão estando em um programa de televisão como esses. Eu sei que não posso" 

Jones acredita que ouviu uma conversa de um amigo que, segundo o ator, estava "incorporado" por Deus (o das religiões, não o Criador). Jones andou fazendo pela internet várias campanhas contra o seriado em que atua, acreditando não estar adequada a fé profanada pelo ator. Ué, cuspindo no prato que comeu? Enriqueceu por causa do seriado e agora quer endemoniá-lo? Coisa típica de fanático religioso. Além do mais, o seriado nada tem demais, levando em conta a nossa sociedade prioritariamente lúdica dos dias de hoje, sem responsabilidade e sem valores, sobretudo intelectuais.

Sinto tristeza em ver que a religiosidade cresce entre os jovens. Apesar de frequentemente associadas a bons valores e consideradas reguladoras exclusivas da moral humana, as religiões são na verdade um mal que atrofia o raciocínio, pregando a fé como substituta da razão, além de estimular a crença em lendas (ficção) e personagens fictícios como se fossem verdades e fatos reais.

A religião tem sido um mal terrível, já que em nome de interesses particulares de líderes (mas usando o nome de Deus, responsabilizando o Criador, que nada tem a ver com isso), muita gente deixa de raciocinar e passa a acreditar no que dizem, algo que já acontece em vários assuntos não-religiosos, já que virou moda acreditar em coisas ditas por pessoas prestigiadas, sem verificar se o que ela diz está correto ou não. No Brasil, quase todos, passaram a acreditar mais e raciocinar menos. É mais cômodo.

Triste saber que ainda estamos presos na Idade Média. E que estamos muito longe de sairmos dela.

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