Allen Ginsberg, o cantor

Para quem não sabe, a contracultura não começou na segunda metade da década de 60. E nem na primeira. E mais: não começou com a música.

A contracultura, mesmo, começou no final dos anos 40, com o movimento literário conhecido como "Beat", cujos expoentes passaram a ser conhecidos como Beatniks. Os principais Beatniks foram Jack Kerouack (responsável pela "Bíblia Beat", On the Road), William Burroughs e Allen Ginsberg.

Os Beatniks no início, desdenharam o rock, já que a sua vertente cinquentista não era intelectualizada. Quando o rock começou a se intelectualizar (por influência da literatura Beat, claro), os Beatniks resolveram aderir, não só como forma de agradecimento pela influência, mas também por afinidade ideológica. Como se os roqueiros da segunda metade dos anos 60 fossem os novos Beatniks.

E aí aproveito para postar alguns vídeos com a carreira musical de Allen Ginsberg. Peraí, musical? Não era literária?

Sim, musical. Ginsberg viu tanta afinidade com o rock que surgia na segunda metade dos anos 60 que logo foi aderindo e como uma versão ianque de Vinícius de Morais, resolveu levar à música a sua capacidade de criar bons textos e resolveu cantá-las. E bem. Ginsberg acabou se tornando amigo de muitos músicos, não só da década de 60 como nas seguintes também.

Pena que todos os Beatniks faleceram. A ideologia Beat é uma ode a liberdade e ao amor a vida, com intelectualidade e muita espontaneidade. Mas com certeza vivem nas lições de suas obras, que tem muito a ensinar para quem quer saber o que é realmente ser jovem.

Pois os Beatniks foram autênticos jovens, mesmo em idade elevada. A rebeldia adolescente deles durou tanto quanto a vida. E foi junto com eles para a pátria espiritual.

















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