Água-viva de 30 m se tornou "guardiã do mar", diz estudo

OBS: Estava assistindo a um desenho do Bob Esponja, onde ele e Patrick, a estrela do mar que é o seu melhor amigo, convidavam, sem sucesso, o ranzinza Lula Molusco para ir caçar águas-vivas - como se caça borboletas, com uma rede - se arriscando a tomar choques das mesmas.

Ao ir, forçado pelos amigos, Lula acaba se deparando com uma água-viva gigante, como esta da foto e se dá muito mal. acabando, ferido de tanta queimadura, tendo que ficar imóvel e enfaixado em uma cama de rodinhas. Realmente a água-viva do desenho realmente existe.

Nooossa! Já pensou se eu tivesse que encarar esse verdadeiro "monstro" bem de pertinho? Estava ferrado! Pois além de enoooorme ele é venenoso! Ugh!

Água-viva de 30 m se tornou "guardiã do mar", diz estudo

01 de setembro de 2010 • 14h45 • Foto: Getty Images - site Terra

Uma gigantesca água-viva venenosa e com tentáculos que podem alcançar o mesmo comprimento de uma baleia azul (30 m) pode ter se tornado em um inesperado defensor do oceano. Um recente estudo indica que a água-viva juba de leão (Cyanea capillata) se tornou uma boa predadora do ctenóforo Mnemiopsis leidyi, um animal transparente e voraz invasor de diversos mares. As informações são do site da revista New Scientist.

A água-viva juba de leão pode chegar a 2,5 m de largura, mas é um dos animais mais compridos de todos os tempos. O estudo do Instituto de Pesquisa Marinha, em Bergen, na Noruega, e da Universidade de Gothenburg, na Suécia, indica que o ctenóforo - que é nativo do oeste do Atlântico - já pode ser encontrado no Mar do Norte e no Báltico.

Esse animal se alimenta de plâncton e devasta suas populações nas regiões invadidas, o que diminui drasticamente a quantidade de peixes que comem o plâncton. Como qualquer espécie invasora, o Mnemiopsis leidyi parecia não ter predadores, até agora.

Os tentáculos da água-viva são cobertos com pequenas células com perigosas toxinas que podem paralisar a vítima e que ainda causaram paradas cardíacas em testes em ratos de laboratório. Humanos geralmente têm reações menos intensas, a não ser que sejam alérgicos ou recebam muita toxina. Teoricamente, uma grande quantidade de protetor solar já ajuda a evitar maiores danos.

Mas a grande vantagem está no tamanho dos tentáculos, que conseguem pegar pequenos peixes e até outras águas-vivas de grande porte. Com essa capacidade, o "monstro" acabou se tornando um protetor dos mares ao caçar o ctenóforo invasor. Contudo, o estudo indica que esses animais conseguem escapar 90% das vezes do predador, mas sofrem danos no processo e sucumbem a repetidos ataques.

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